Como parte do projeto de tornar o Brasil livre de febre aftosa sem vacinação até 2026, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai suspender a vacinação contra a febre aftosa no Mato Grosso do Sul, após a última etapa de vacinação atual que vai acontecer em novembro.
Além do Mato Grosso do Sul a medida passa a valar para todas os Estados que integram o Bloco IV do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PE-PNEFA), sendo o Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Tocantins e Distrito Federal.
Dados divulgados pelo ministro Marcos Montes e o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, José Guilherme Leal, durante a abertura da 87ª edição da ExpoZebu, em Uberaba (MG), apontam que aproximadamente 113 milhões de bovinos e bubalinos deixarão de ser vacinados, número que representa quase 50% do rebanho total do país.
A suspensão faz parte do projeto de ampliação de zonas livres de febre aftosa sem vacinação no país, previstas no PE-PNEFA. Para realizar a transição de status sanitário, os estados e o Distrito Federal atenderam aos critérios definidos no Plano Estratégico, que está alinhado com as diretrizes do Código Terrestre da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE).
A meta é que o Brasil se torne totalmente livre de febre aftosa sem vacinação até 2026, por isso, neste momento não haverá restrição na movimentação de animais e de produtos entre os estados do Bloco IV, que terão a vacinação suspensa em 2022, e os demais estados que ainda vacinam no país, isso porque o pleito brasileiro para o reconhecimento internacional das unidades da Federação como zonas livres da doença sem vacinação não será encaminhado para a OIE no próximo ano.
Para o reconhecimento como zonas livres de febre aftosa sem vacinação, a OIE exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos estados e regiões propostas por, pelo menos, 12 meses.
Atualmente, no Brasil, somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
*Com informações do Canal Rural
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